terça-feira, 9 de outubro de 2012

O 33º dia de julgamento do mensalão.

Quatro de seis ministros já votaram pela condenação de Zé Dirceu.
Em foto de arquivo, José Luís de Oliveira Lima, advogado de José Dirceu, acompanha o julgamento no STF. Foto: Agência BrasilQuatro dos 10 ministros do Supremo Tribunal Federal já condenaram o ex-ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu, por crime de corrupção ativa, encerrada a primeira parte da sessão desta terça-feira — 33º dia do julgamento da ação penal do mensalão.
A ministra Cármen Lúcia — a segunda a votar na retomada do julgamento — acompanhou a maioria já formada pelos ministros Joaquim Barbosa (relator), Rosa Weber e Luiz Fux, que votaram na semana passada.
O ministro Dias Toffoli votou — como se esperava — pela absolvição de Dirceu, assim como fez, na última sessão, o ministro-revisor Ricardo Lewandowski.

Votam ainda nesta tarde os ministros Gilmar Mendes e Marco Aurélio, ficando para o dia seguinte a conclusão desta parte do julgamento, com os votos de Celso de Mello (decano) e Ayres Britto (presidente).
Até agora, no julgamento do chamado núcleo político-publicitário já estão condenados por unanimidade (6 votos a 0), por corrupção ativa, os seguintes réus: Delúbio Soares, ex-tesoureiro do PT; Marcos Valério, dono da empresa SMP&B, e seus associados Ramón Hollerbach, Cristiano Mello Paz e Simone Vasconcelos. José Genoino, ex-presidente do PT, já foi enquadrado por cinco ministros (Barbosa, Rosa Weber, Luiz Fuxt, Dias Toffoli e Cármen Lúcia).
Foram absolvidos (por unanimidade, até agora), os réus Anderson Adauto, ex-ministro dos Transportes, e Geiza Dias, funcionária da empresa de Marcos Valério.


Advogado de Dirceu diz que STF fez análise equivocada

Após a maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) se pronunciar pela condenação do ex-ministro José Dirceu, o advogado do petista, José Luis de Oliveira Lima, afirmou que respeita a decisão, apesar de considerá-la equivocada. "No entender da defesa, a decisão do STF fez uma análise equivocada da ação penal 470", disse o advogado, na saída da sessão desta terça-feira.
Dos oito ministros que votaram até agora, apenas o revisor Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli entenderam não haver provas de que Dirceu comandou o esquema de compra de apoio parlamentar durante o primeiro mandato do governo Luiz Inácio Lula da Silva. "No olhar da defesa, as provas levavam a outro desfecho, que é a absolvição e o reconhecimento da inocência de José Dirceu", disse.
Com apenas dois votos pela absolvição, Dirceu dificilmente terá como recorrer aos chamados embargos infringentes. O recurso é previsto quando um réu é absolvido por quatro integrantes do Supremo, podendo o processo ser reanalisado pelo Plenário. "É preciso esperar os próximos dois votos para aí sim decidir qual medida", disse.

Fonte: Agência Brasil

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