O julgamento


O Supremo Tribunal Federal brasileiro começou o julgamento dos 38 réus do escândalo do “mensalão” no dia 2 de agosto de 2012.

Na sua acusação, o ex-procurador-geral da República Antonio Fernando de Souza classificou o Mensalão como a ação de uma "sofisticada quadrilha" destinada a comprar apoio de partidos para o projeto político do PT e do ex-presidente Lula. Na apresentação de memorial o atual procurador-geral da República, Roberto Gurgel, chamou o Mensalão do PT de "o mais atrevido e escandaloso esquema de corrupção e de desvio de dinheiro público flagrado no Brasil".

Acusação: o ex-ministro é apontado como líder da "organização criminosa" que, segundo a denúncia da Procuradoria-Geral da República, negociava acordos para distribuição de recursos desviados de dinheiro público entre partidos e comprava apoio político no Congresso para o governo Lula. Sua atuação, de acordo com a acusação basadas nas acusações do ex-deputado Jefferson, começou ainda na campanha presidencial de 2002, quando era presidente do PT e costurava os apoios políticos ao candidato Lula.





JOSÉ DIRCEU

Crimes de formação de quadrilha e corrupção ativa.

Defesa: Dirceu nega a existência do mensalão e a compra de votos. Admite a prática de caixa dois para cumprimento de acordo eleitoral, mas atribui a responsabilidade a Delúbio Soares, argumentando que deixou o comando do partido assim que assumiu a Casa Civil.



JOSÉ GENOINO
Crimes de formação de quadrilha e corrupção ativa



Acusação: como presidente do PT, o ex-deputado avalizou empréstimos bancários considerados fictícios pela Procuradoria-Geral da República, que tinham como objetivo, segundo a denúncia, abastecer o esquema de compra de apoio. Cabia-lhe, de acordo com a acusação, formular as propostas de acordos aos líderes dos partidos que comporiam a base aliada do governo.

Defesa: alega que assinou os empréstimos considerados fraudulentos por "obrigação estatutária" para "fazer frente ao verdadeiro caos financeiro vivenciado pelos diretórios regionais do PT". Diz, ainda, que não tinha ingerência sobre os demais dirigentes de seu partido.

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